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Economia de Comunhão na Unesco

Economia de Comunhão na Unesco

Numa empolgante participação no II Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, compondo uma de suas oficinas, coordenada em quatro tardes de apresentação pela incansável e competentíssima socióloga pernambucana Vera Araújo, sob quatro perspectivas "econômica, política, ética e sócio-antropológica "o projeto Economia de Comunhão causou profundo interesse em todos os que visitaram sua sala de exposições, sempre lotada, entre eles a governadora da Província de Turim (Itália), Mercedes Bresso; o prefeito de Roma, Walter Veltroni; o presidente do partido comunista da Áustria, Walter Beier; a deputada federal brasileira, a senhora Luiza Erundina.

Em seguida, dentro do calendário comemorativo dos 10 anos de existência da EdC, o projeto foi apresentado em Paris, na sede da UNESCO, através de um seminário para 500 participantes entre intelectuais, especialistas em finanças, empresários, ativistas da economia solidária, estudantes, personalidades do mundo civil e religioso.

A senhora Von Furstenberg, vice-diretora da divisão das Ciências Sociais e Humanas, abriu o diálogo com estas palavras: «Vocês possuem uma visão radicalmente nova do homem, que não é só um cliente e fonte de lucro, mas uma pessoa capaz de partilhar, mediadora para os seus semelhantes de bem-estar, de crescimento intelectual ou moral, melhor ainda, de dignidade».

Acolhido com profunda atenção, o tema de Vera Araújo revelou qual é o núcleo da origem da comunhão. Alberto Ferrucci, presidente do Bureau Internacional da Economia e Trabalho, apresentou as dimensões internacionais da Economia de Comunhão. Uma mesa redonda com empresários franceses e com empresários estrangeiros impressionou a todos pela competência e pelo caráter concreto alternativo ao pensamento econômico corrente, e a fé dos seus testemunhos.

Entre as opiniões sobre o seminário, pode-se destacar o que uma diretora de produção de uma casa de alta moda em Paris disse: «Eu vi nascer um mundo novo, com empresários e homens que agem concretamente. A Economia de Comunhão satisfaz a minha profunda aspiração e muda o meu modo de ver».

Um militante de um grupo antiglobalização: «Aqui se vê um projeto novo, imenso para a humanidade; as experiências nos dão a certeza de que é possível vivê-lo. O homem está no centro e em relação com Deus. Compreendi que sem Ele nada é possível».

Uma deputada suíça: «Aqui existe a potência de uma revolução».

Na opinião de Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, personagem principal que suscitou o nascimento da Economia de Comunhão em 1991, quando de sua visita ao Brasil, a EdC começa a ser reconhecida como uma experiência digna de crédito a nível mundial.

Dois pólos empresariais, a exemplo do Pólo Spartaco, em São Paulo, estão em franco processo de implantação: um na região de Florença (Itália), outro em Recife, Pernambuco. Além disso, em Milão, teve início uma Escola internacional de formação para empresários e trabalhadores da Economia de Comunhão.

Na América do Sul, Lorna Gold, pós-doutora em economia, da Grã-Bretanha, numa viagem de estudo, pôde apresentar a Economia de Comunhão em diversas universidades e centros culturais. Em Madri e na Universidade de Málaga foi apresentada a edição espanhola do livro Economia de Comunhão. Ainda em Madri, junto ao Centro de estudos "AEDOS" da Universidade San Pablo Seu, foi constituído um observatório permanente da Economia de Comunhão, coordenado por Lourdes Muñoz, mestre em Economia.

Em Nova York, foi particularmente significativa a presença na sede da ONU, de Lorna Gold, Filipe Coelho e Joe Klock, da comissão do Movimento Por Uma Economia de Comunhão. Eles participaram, representando a ong New Humanity, numa reunião preliminar do Congresso Mundial da ONU que se realizará em março em Monterrey (México), cujo tema será o desenvolvimento dos países pobres. Naquela sede foram propostas as idéias do "Fundo Jovem para o Mundo", apresentadas no ano< Autor(es)

Alexandre Aragão Academus